terça-feira, 12 de agosto de 2014

FIQUE ATENTO: Boato de EBOLA em São Luís, no Maranhão, é desmentido

Um boato começou a circular nas redes sociais nesta semana. A mensagem, repassada principalmente pelo Whatsapp, diz que um nigeriano chegou à São Luís com o vírus Ebola e teria sido internado no Hospital Universitário com sintomas da doença, chegando a óbito no último sábado. A divulgação diz ainda que o caso deveria ser mantido em sigilo pela secretária de saúde do estado. O boato que ainda não sabe de onde saiu, foi espalhado rapidamente entre vários ludovicenses.

O Hospital Universitário informou, por meio de nota, que não existe nenhum caso de paciente internado na Instituição com o vírus Ebola. Esclarece ainda que a informação divulgada pelas redes sociais é de extrema maldade, com intuito de causar pânico na população. Fato reafirmado pela secretária de estado de saúde, que informou não haver nenhum registro da doença no estado.

Confira trecho da nota divulgada nas redes sociais
Um nigeriano chegou à São Luís- MA, na terça-feira, começou a passar mal foi internado no hospital HUUFMA. Ele faleceu no sábado a noite com diagnóstico  do vírus “EBOLA”. O governo do Estado do Maranhão e o Ministério da Saúde ordenaram que fosse mantido em sigilo.

No  entanto, o ministro da saúde, Arthur Chioro confirmou ao sec. Ricardo Murad que já tem 5 pessoas internadas com os mesmos sintomas em estado grave.

Brasil segue sem casos suspeitos de ebola, diz ministro


O ministro da saúde, Arthur Chioro, disse que o Brasil continua sem casos suspeitos de ebola. "Não há nenhum caso suspeito, mas todos os tripulantes e passageiros que chegam ao Brasil, tanto por aeronaves quanto por navios, são submetidos a uma rigorosa avaliação e, se for identificado alguém que tenha sintomas, vai imediatamente para isolamento e para coleta de exames."

Chioro afirmou ainda que o Ministério da Saúde está "seguindo muito rigorosamente" todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a pasta reforçou junto às secretarias estaduais e municipais da saúde a necessidade de estar em alerta para a possibilidade de casos da infecção.

Agentes da saúde se preparam para trabalhar no lado de fora de uma unidade de isolamento, em Lofa, na Libéria, em julho (Foto: Reuters/Ahmed Jallanzo/Unicef)

Suspeitas não confirmadas

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que já houve casos de pacientes que vieram da África com sintomas variados e que foram encaminhados para serviços de referência para verificar o risco de ser ebola.

“Tem casos de pessoas que vêm de países onde nem tem ebola e os sintomas nem são parecidos”, diz Barbosa. Para ele, isso mostra que os profissionais e o sistema de saúde em geral estão “muito sensíveis” para identificar esses casos. “Isso é bom, desde que não se caia no exagero de não observar de onde a pessoa veio, o que pode sobrecarregar os serviços de referência.”

Nenhum dos casos apresentados até o momento no país preencheu os requisitos para ser considerado suspeito de ebola.  “Um era malária e o outro era infecção urinária. Como a pessoa tinha vindo da África, pensaram que poderia ser ebola. Mas no hospital de referência, essa possibilidade é descartada.”

Probabilidade baixa

A probabilidade de o ebola chegar ao Brasil é muito baixa, de acordo com Barbosa. “O ebola não se transmite pelo ar, diferentemente de outros vírus. Só transmite se a pessoa tiver contato direto com sangue ou fluidos corporais de pessoas doentes”, diz. Outra característica que dificulta a propagação da doença para outros continentes é que o paciente tem mais probabilidade de transmitir a doença quando aparecem os sintomas.

“Todo caso de ebola é grave, não tem casos com sintomas leves ou assintomáticos”, diz o secretário. Dessa forma, é mais fácil identificar o paciente que pode transmitir o vírus. Além disso, pacientes nesse estado provavelmente não conseguiriam fazer uma viagem internacional.

Voos

Barbosa observa que não há voos diretos dos países afetados – Serra Leoa, República da Guiné e Libéria – para o Brasil. Mas caso um passageiro apresente sintomas durante um voo, a equipe de bordo deve seguir as regras determinadas pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
Entre outras medidas, a tripulação deve contatar o aeroporto de destino, onde uma equipe de vigilância sanitária deverá avaliar o paciente e encaminhá-lo para um serviço de referência, se necessário. Até o momento, a OMS não fez restrições a voos nem orientou o fechamento de fronteiras por causa da epidemia.

Detecção

Segundo Barbosa, como os sintomas do ebola são sempre graves, a doença é de fácil detecção. “O ebola, junto com outras febres hemorrágicas, é de notificação compulsória e imediata. O profissional da saúde que atendeu um paciente e que suspeite de ebola deve comunicar a secretaria municipal ou estadual da Saúde, ou Ministério da Saúde.”

Ele afirma que os serviços de referência brasileiros estão preparados para lidar com casos da infecção. “A doença é gravíssima, mas tem outras doenças que precisam de isolamento até maior. Os procedimentos adequados são conhecidos. Em casos suspeitos, os profissionais dos hospitais de referência sabem como proceder.”

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